quinta-feira, 31 de maio de 2012

COM NEWTON E ARQUIMEDES NA GARUPA


Uma explicação simples de como a física se aplica na motocicleta. Vale a pena ler.


Motocicleta é um veículo que tira toda a vantagem das leis da física.

Um motociclista passeia tranquilamente quando se vê obrigado a desviar de um buraco. Ao lado direito há um carro estacionado. Mesmo assim ele vira o guidão para o lado direito e consegue desviar para a ... ESQUERDA!!!! O movimento é muito rápido, praticamente instantâneo e quase inconsciente. Se fosse filmado em câmara superlenta poderíamos ver um fenômeno interessante: o contraesterço, manobra que nada mais é que a terceira lei de Newton aplicada à pilotagem.  A toda ação corresponde uma reação de igual intensidade e em sentidos contrário.
Graças a essa lei da física, se o motociclista quiser desviar a moto da forma mais rápida e precisa, é obrigado a virar o guidão para o lado contrário ao que pretende ir. É pura física aplicada.
Tudo começa pela característica constitutiva da motocicleta ( e qualquer outro veículo de duas rodas alinhadas). Os leigos costumam tripudiar ao alegar que motos " são feitas para cair, porque estão apoiadas em dois pontos". A verdade, no entanto, é que isso revela um profundo desconhecimento da física. Qualquer criança em torno de 6 anos sabe que uma moto parada só fica em pé se estiver apoiada nos cavaletes central e lateral.
A motocicleta só existe como veículo quando está em movimento. Pouca gente de dá conta que a palavra "moto" significa movimento em latim. Para que se torne algo "guiável" é preciso que esteja em movimento.
Ao se deslocar, as rodas alinhadas longitudinalmente produzem as forças necessárias para gerar e manter o equilíbrio. É o chamado efeito giroscópico, uma força produzida por qualquer corpo circular em movimento. Essa força será maior quanto maior for a velocidade, o perímetro ou o peso do corpo circular. Em outras palavras quem mantem a moto em equilíbrio não é o motociclista, mas apura física.
Quando um motociclista provoca uma ação para virara a roda dianteira, tem como reflexo direto o desalinhamento em relação à roda traseira e o movimento natural é um esterço no sentido contrário. Por isso essa técnica se chama contraesterço. Esse movimento é muito sutil, quem pilota bicicleta ou moto faz isso sem perceber.
Mesmo nas pesadas motos custom, ou cruisers, a física pode ajudar, ou complicar, a pilotagem. Muita gente considera a motocicleta um carro de duas rodas, e esse é um grande equívoco que provoca muita confusão. O sistema de direção da motocicleta, o guidão, está ligado diretamente à suspensão dianteira. É como se o piloto tivesse de virar a roda dianteira pegando diretamente na suspensão, que por consequência, está presa a roda dianteira.
Nos carros, mesmo sem o auxílio da direção hidráulica, a direção é ligada a uma caixa dotada de pinhão e cremalheira (rosca sem-fim) que reduz muito a força aplicada para virara as rodas. Imagine se o motorista tivesse de pegar diretamente na roda do carro para mudara de direção. Pois na motocicleta é exatamente o que acontece: não existe caixa de direção. Em compensação  amoto é mais leve e, além disso, tem apenas uma roda na frente.
O guidão nada mais é que uma alavanca. Lembra-se do Arquimedes? ("Deem-me uma alavanca e um ponto de apoio e moverei o mundo!"). O que Arquimedes disse, dois séculos antes de Cristo, é o princípio que permite pilotar uma motocicleta sem exigir uma força de Hércules. Quanto maior a alavanca menor a força necessária para deslocar a massa. Se a alavanca é o guidão, quanto menor ele for maior será a força necessária para fazer a moto mudar de trajetória. O que não ficou muito claro, na frase de Arquimedes, é que nem sempre a alavanca deve ser grande para reduzir a força aplicada. Ela pode ser pequena, desde que seja pesada. Se concentrarmos mais peso na extremidade da alavanca, a força necessária para deslocar a massa também será menor.

Fonte: Revista Scientific American, Geraldo Tite Simões

VIAGEM PELAS MISSÕES

 Aniversário de Santa Maria - Balões para festa

Balões enfeitando o céu

 Entrada da cidade de Mata

 Mata - A madeira que virou pedra

No hotel em São Luiz Gonzaga

 Chegando nas Missões



 Ruínas de São Miguel


Foto Clássica


quarta-feira, 30 de maio de 2012

PAISAGEM PARA NÃO ESQUECER JAMAIS

 URUBICI - SC

Pedra Furada

domingo, 27 de maio de 2012

HARLEY DAVIDSON MARLBORO MAN DOS SELVAGENS

APÓS DOAÇÃO DE 11 CAIXAS DE LEITE, DIA 26 DE MAIO, OS SELVAGENS DO SENTINELA VISITAM E INTERAGEM COM OS INTERNOS DA ASCAI




OS SELVAGENS DO MOTO GRUPO SENTINELA FAZEM DOAÇÃO DE 11 CAIXAS DE LEITE PARA A ASCAI



sexta-feira, 25 de maio de 2012

CONVOCAÇÃO  GERAL PARA A ESTRADA

Todos os selvagens:

Domingo, DIA 27 DE MAIO,  às 09:00horas no posto do Ciro, saída para a Quarta Colônia. Levem alforges e baús para as cucas, pães, salames e capeletes.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

sexta-feira, 18 de maio de 2012


Conduta na estrada: rodar em grupo

Por Policarpo Jr
Compilação de informações fornecidas pelos motociclistas Paulo Rocha e Renato Capistrano

Rodar em grupos grandes de motociclistas é totalmente diferente que rodar solo ou com poucos amigos.

Para que se tenha prazer e segurança, é preciso seguir regras para se rodar na estrada com grupos grandes de motociclistas. Pensando nisso, Rock Riders conversou com 2 motociclistas experientes, residentes na capital de São Paulo. Os quais têm larga experiência em rodar com grupos médios (até 50 motos) e grandes (acima de 50 motos) na estrada.


Essa matéria visa levar a todos dicas e conselhos úteis, afim de que você que faz parte de um Moto Clube ou que roda em grupo com motos na estrada, possa melhor se orientar.

As dicas e regras aqui postadas, assim como o "Curso disponível para Download" no final dessa matéria, são para efeito de "orientação". Cabe a você e o seu grupo de motociclistas, de acordo com suas características peculiares (porte das motos, experiência dos pilotos, condições da estrada, etc), delienar as melhores regras de conduta em pilotagem, tornando seu passeio/viagem mais confortável e seguro.

Rock Riders conversou com dois motociclistas que forneceram as informações para essa matéria. Segue o perfil dos mesmos:

Renato B. Capistrano, 52 anos. Empresário no segmento de Engenharia. Motociclista Ex-Presidente da regional de São Paulo de um dos maiores grupos de motociclistas do Brasil, o Carpe Dien Moto Turismo. Roda numa HD 1450cc e V-Strom 1000.





Paulo Rocha, 46 anos. Empresário no segmento de Tecnologia da Informação (TI). Motociclista integrante do Carpe Dien Moto Turismo e responsável por ministrar há 3 anos, curso de conduta para grupos de motociclistas (do CDMT). Mais de 5000 pilotos e garupas já participaram de vários MC´s, inclusive a Polícia do Exército. Roda numa HD 1600cc.



Seguem perguntas e respostas, que foram estruturadas para melhor compreendermos essa questão de "Curso de Conduta para se rodar em grupos médios e grandes".

Qual o objetivo de um curso de "conduta de motos na estrada"?

Paulo Rocha:

O curso tem como objetivo, demonstrar aos participantes como o deslocamento de grupos de motociclistas devem ocorrer visando dar ao grupo o maior bem estar e segurança possível. Acreditamos que ao termos conhecimento do comportamento de pilotagem de teu amigo que esta viajando com você, tornarão mais tranqüila e eficiente as manobras necessárias para o correto deslocamento nas vias e rodovias. O curso tem duração de 90 minutos e tentamos fazer do curso um encontro de amigos onde trocamos idéias, para que não fique cansativo, o legal, é que sempre existe algo que aprendemos com eles.

Fotos de realização de curso de conduta ministrado pelo Paulo Rocha na Polícia do Exército da cidade de São Paulo.

Uma parte bem legal do curso é a participação da garupa do piloto que passa a ter conhecimentos sobre sinalizações para poder participar da pilotagem, auxiliando em muito o grupo todo.

Finalizamos o curso enfatizando a importância do espírito de motociclistas que esperamos que todos tenham, visando amizade, respeito, fraternidade, que todos possam fazer parte de um grupo bem familiar.

Quais os pontos que são mais importantes que devem ser abordados num "curso de conduta"?

Paulo Rocha:

- Regras de deslocamento (coluna de um alternado);
- Figura do Puxador (líder);
- Figura do fecha (anjo);
- Velocidade ideal para andarmos em grupo ou não;
- Consciência das limitações de cada piloto;
- Sinalizações entre os pilotos;
- Importância de se fazer o "briefing" antes da partida ao passeio;(que é o resumo do trajeto que será realizado, as estradas que o grupo irá rodar, as paradas e o destino, afim de que todos os participantes tenham consicência de tudo que irá ocorrer, assim, se um ou outro precisar sair do "grupo na estrada", possa continuar sua viagem solo, sabendo o que o grupo fará).


Costumo dizer que ao passearmos de moto, estamos deixando nossas famílias a nossa espera, e que o importante é sempre voltar para o
aconchego de nosso lar.


O que você diria para aqueles motociclistas que nunca rodaram em grupos grandes de motociclistas?

Paulo Rocha:

Diria que andar de moto sozinho, é bom, mas, andar de moto em grupo onde todos conhecem a forma de como o amigo pilota,
traz muito mais segurança e prazer, afinal andar de moto e prosear com amigos é tudo de bom.


Outra coisa importante, pilotagem de uma moto é uma prática estritamente individual, assim, cada piloto tem seus limites e características em pilotagem, mesmo estando em grupo. Cada um de nós tem que ter consciência dos seus limites e responsabilidade individual em pilotagem. O importante é ter "prazer" em passear de moto.


No que tange a responsabilidade na pilotagem de uma moto, o que mais de importante você tem a dizer?

Paulo Rocha:

Somos arrojados pela nossa essência, mas nossas vidas e de nossas garupas, dependem de nossa consciência para andar sobre duas rodas, é preciso ter equilíbrio, para tal temos que ser equilibrados. O resto, é só prazer e amizade, viajando com vento no rosto e liberdade.

Quando se está rodando num grupo, a resposabilidade é coletiva. É preciso pilotar para você e para todos os demais do grupo, se preocupar com você e com todos os demais do grupo.


Seguem pontos práticos de dicas para quando estivermos rodando em grupos grandes, que são delienados por regras de "Conduta na estrada":

Renato Capistrano:

- O segredo para se conduzir um grupo grande é compreender (como Líder - piloto que fica na frente de todos e "rege" o grupo inteiro) que todas as motos são uma só. Isto é, o lider ao fazer uma ultrapassagem, pensa em todos que estão logo atrás, ao se entrar para um posto de gasolina e pedágio, por exemplo, idem. Como líder é preciso saber controlar a ansiedade em se pilotar e o fazê-lo pensando em todo o grupo.

- A garupa é um personagem muito importante quando estamos rodando em grupo, pois é ela(e) quem faz os sinais (de lombadas, sinalizar presença de buracos, sinalizar virar à direita/esquerda, etc).

- Quando se tem muitos buracos na estrada, é preciso tomar muito cuidado e mudar a forma como o grupo roda, pois com buracos, fica difícil a condução do grupo como um todo. Buracos faz com que não consigamos rodar em filas alternadas, sendo necessário, conforme o caso, filas únicas ou pilotagem individual. É uma questão de bom senso.

- Realização de Briefing completo - resumo falado em voz alta, minutos antes da partida do grupo para rodar junto na estrada, com todos os participantes, afim de deixar todos conscientes e informados sobre todo o trajeto que o grupo irá fazer, onde serão as paradas de abastecimento/lanches, local de chegada no destino e comportamento na estrada. Os pontos mais relevantes de abordagem de um briefing são:

a) Para onde vai o passeio/viagem;

b) Quais estradas serão utilizadas;

c) Qual o trajeto será feito quando se chegar ao destino (passeios, restaurante, hotel, etc);

d) Definição do líder (piloto/moto que vai na frente), quem vai ser o anjo (piloto/moto que será o último do grupo);

e) Verificar quais dos participantes do grupo são novatos (primeiro passeio no grupo) e dar orientação específica a esses;

f) Aconselho sempre (em grupos grandes) a realizarem o encontro para um passeio/viagem, sempre no 1o. posto de gasolina na estrada que será realizado o passeio, porque assim, cada um vai individualmente e melhora a logística de se sair de uma cidade, em grupos grandes de motos, que é sempre complicado (devido aos carros, sinais, etc);

g) Importante na volta do passeio, marcar um encontro (num posto de gasolina próximo da cidade de retorno) afim de se realizar a despedida de todos participantes, assim, não há aquela impressão que todos sumiram e foram embora sem se despedirem. Dar-se um "fechamento" ao passeio e todos se despedem;


h) Particularmente, considero muito benéfico o uso de inter-comunicador (rádio) para que o piloto tenha uma comunicação com a garupa, afim que se tenha uma interação, e a garupa possa participar. Caso contrário, principalmente em viagens mais distantes, a viagem fica muito cansativa para a(o) garupa;

i) O uso de inter-comunicador (rádio) entre o líder do grupo e o anjo (último) também é muito benéfico a organização e informação desses pilotos chaves na condução de um grupo de motociclistas. Não é um utensílio obrigatório, mas certamente ajuda bastante;

j) Nas paradas nos postos de abastecimento, é preciso ter dinheiro (em espécie) para realizar o pagamento, pois se alguns começam a realizar o pagamento com cartões, leva-se mais tempo para a operação e atrasa todo o grupo. Se possível, avisar os postos de abastecimento com antecedência, que irão parar diversas motos, afim que os postos se preparem para receber simultaneamente dezenas de motos para abastecimento;

k) Quando um carro cruza o grupo, entra no meio do grupo e divide o mesmo, é preciso ter paciência, não se incomodar com isso, e naturalmente, certamente o carro sairá no meio do grupo e uma outra ele irá embora e o grupo volta a ficar unido normalmente.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Para você que quer saber
 porque andamos e gostamos tanto de moto